terça-feira, 3 de janeiro de 2012

PROGRAMA ÓLEO E ÁGUA NÃO SE MISTURAM É RECONHECIDO EM PRÊMIO NACIONAL DA CAIXA

Saiba como contribuir com o programa
O programa “Óleo e água não se misturam” da Companhia Águas de Joinville ficou entre os 35 melhores projetos no concurso Prêmio Caixa Melhores Práticas em Gestão Local – Na prática, um Brasil Melhor 2011 / 2012, o resultado foi divulgado no dia 15 de dezembro, em noite de gala no Auditório Cultural da Caixa, em Brasília. Foram mais de 1800 projetos inscritos em todo o Brasil que foram submetidos a três etapas seletivas para a escolha dos finalistas. O programa da Companhia concorreu nas categorias “Gestão Ambiental” e “Saneamento”. Estiveram presentes na premiação o presidente, Luiz Alberto de Souza, o diretor de expansão, Alberto Jorge Francisco, e a engenheira ambiental Daniela Finder Vilela de Farias.

O prestígio de estar entre os 35 programas reconhecidos pela Caixa como parceiros do meio ambiente e da sociedade, não é o único presente concedido para a Águas de Joinville. Daniela, uma das idealizadoras do projeto, sente-se orgulhosa pelo resultado do trabalho em equipe, que exigiu esforço e dedicação de diversos parceiros da Companhia. “Essa conquista traz mais reconhecimento, mostra que estamos no caminho certo”, declarou, ao relatar as dificuldades em quantificar os resultados de projetos realizados no setor ambiental. Este é segundo prêmio que o programa “Óleo e Água não se misturam” é selecionado e reconhecido.


O Programa
Lançado em maio de 2011, o Programa Óleo e Água não se misturam foi idealizado pelo Núcleo de Planejamento e Gestão Ambiental da Companhia Águas de Joinville. O projeto visa alertar a população para os prejuízos causados pelo descarte incorreto do óleo de cozinha usado e gordura nas tubulações de esgoto, e seus malefícios para o meio ambiente, além de conscientizar a sociedade sobre a coleta seletiva desses resíduos. A Prefeitura de Joinville é uma parceira do programa, e conta com o apoio da Caixa Econômica Federal, Fundema, Secretaria da Educação, Eco-biosul, Ambiental e Sesi.

A mistura do óleo e água pode gerar conseqüências drásticas para o meio ambiente e estragos nas tubulações de esgoto sanitário. Quando os dois elementos percorrem a rede, a gordura, em reação com outros elementos, se solidifica e não se dissolve na água, provocando entupimentos, vazamentos e mau-cheiro. Os transtornos causados podem ser sentidos nas residências ou estabelecimentos comerciais, devido ao descarte incorreto do óleo usado, geralmente pelos ralos das pias. Conforme dados da Sabesp, um litro de óleo despejado no meio ambiente contamina 25 mil litros de água dos lençóis freáticos.

Desde que foi lançado, o programa já provocou mudanças e trouxe resultados positivos. Em oito meses, foram coletados 11 524 litros de óleo em 270 coletas, preservando 288,1 milhões de litros de água. As reclamações sobre danos causados nas redes coletoras de esgoto diminuíram 40%. Além disso, são realizadas palestras em parceria com o setor de Educação Socioambiental, totalizando 40, atingindo em média 2075 pessoas. Os ecopontos de coleta do óleo usado estão distribuídos em 51 pontos da cidade, além de oferecer aos cidadãos a opção de descartar o óleo na Coleta Seletiva da cidade.

O programa surgiu da observação de grande incidência de gordura na rede coletora de ruas centrais com grande número de restaurantes, como, por exemplo, a Visconde de Taunay. O Gerente de Operação e Manutenção Cesar Rehnolt Meyer apontou que o número de descarte indevido de gordura no Centro diminuiu após a criação do programa. “Após todo o trabalho de conscientização no local, houve realmente uma diminuição da procura por manutenção na região”, ressaltou. Em janeiro, o número de reclamações por problemas relacionados ao descarte incorreto da gordura na cidade era 31. Em novembro, caiu para quatro.

O Gerente de Atendimento Alessandro Holthausen explica que, no atendimento ao cliente, o programa também está presente. Segundo ele, existem duas maneiras de aproximar o cliente para a adesão ao programa. Uma delas é conscientizar as pessoas que já possuem ligações de esgotamento sanitário na residência ou que receberão futuramente, orientando sobre os perigos do mau uso da rede e como elas podem colaborar com o meio ambiente.

No local também está instalado um tonel, para o descarte do óleo usado, disponível para a população. “Temos a retirada espontânea dos funis, o que tem sido muito positivo”, elogiou o gerente. Ele afirma que muitas pessoas procuram espontaneamente o local para solicitar orientações e fazer o descarte do óleo usado. “Temos que ter a consciência que somos a principal parte do processo e precisamos ter a conscientização de como utilizar corretamente a rede de esgotamento sanitário. Esse programa foi fundamental para levantar essa consciência ambiental”, concluiu.


O prêmio
Criado em 1999, o programa visa contribuir para a melhoria de qualidade de vida para a sociedade brasileira e para o alcance de objetivos da Agenda Habitat (Programa da Organização das Nações Unidas), por meio de estímulo à disseminação e reaplicação de melhores práticas de gestão local.

O Governo Federal, ONU – Habitat e Ibam são os parceiros do prêmio.

São premiadas 20 práticas, divididas em 10 projetos nos temas-foco Habitação, Gestão Ambiental e Saneamento, Gestão Municipal, Desenvolvimento Local e Inclusão Social, e outras 10 no tema-foco Trabalho Social no Programa de Aceleração do Crescimento – PAC.

Link: http://www.caixamelhorespraticas.com.br/praticas/top-35/oleo-fim-certo/

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