segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

A ADIÇÃO DE CLORO NÃO DEIXA COLORAÇÃO NA NOSSA ÁGUA

Laboratório de Controle de Qualidade desmitifica uma lenda urbana em Joinville

Etapa 1: água coletada da torneira
Abrir a torneira e perceber a água com uma coloração levemente esbranquiçada e tomada de pequenas bolhas não deveria ser motivo de alarde. Principalmente, se a pressão da água for elevada. O fenômeno, confundido por muitos como “excesso de cloro”, é na verdade, um processo físico e inofensivo à saúde.

Para que a água seja transportada das estações de tratamento até os reservatórios, é necessário que haja o bombeamento nas tubulações hidráulicas. A pressão exercida no processo provoca a formação de diversas microbolhas, ocasionando uma alteração física detectada em regiões com pressão elevada. O mesmo ocorre quando eventualmente é preciso interromper o abastecimento, no momento da ativação do sistema e redistribuição da água.


Etapa 2: Alguns segundos após coleta
Segundo a coordenadora do Laboratório de Controle de Qualidade (LCQ) da Companhia Águas de Joinville, a engenheira ambiental e sanitarista Helena Dausacker da Cunha, o fenômeno é comum. Porém, em dias de manutenção ou paralisação das estações de tratamento é mais evidente. A pressão nas tubulações facilita a formação de diversas microbolhas. Para que não haja dúvida sobre a qualidade da água neste caso, e comprovar que não se trata da adição exagerada de nenhum produto químico, Helena sugere que o cliente faça um breve teste: “Encha um copo limpo e transparente com água e aguarde alguns segundos. As bolhas irão se dissipar até a superfície e desaparecerão”.  
    


Etapa 3: microbolhas dissipadas
 A adição da substância química cloro na água é obrigatória por lei para todas as empresas de saneamento básico, e é regulamentada conforme a portaria 518/04 do Ministério da Saúde que estabelece normas de qualidade da água para consumo humano. A função da adição de cloro é eliminar as impurezas, agentes patogênicos e potabilizar a água, ou seja, torná-la própria para o consumo humano. Dependendo da quantidade e do tipo de cloro utilizados (sólido, líquido ou gasoso), a substância pode adicionar coloração e até um sabor salgado na água.

Helena afirma que a quantidade mínima de cloro exigida pelo Ministério da Saúde é de 0,2%. A Águas de Joinville utiliza a substância no estado gasoso, o que torna praticamente impossível visualizar sua presença na água.


LCQ: 39 mil análises mensais

A Companhia orienta aos cidadãos com dúvidas ou que suspeitem de qualquer alteração da qualidade da água recebida em sua residência, que entrem em contato com uma das centrais de atendimento e receba as orientações para que se necessário, seja realizada uma análise da água.

O Laboratório de Controle de Qualidade da Água da Companhia realiza mensalmente cerca de 39 mil análises de amostras coletadas em diversos pontos da rede de abastecimento. Além dos laboratórios das ETAs Cubatão e Piraí, o LCQ conta com uma equipe que percorre a cidade na unidade móvel coletando e realizando a primeira etapa de análises a que a água é submetida.

Abaixo, uma lista das principais doenças que podem ser transmitidas pelo consumo de água não potável:

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